‘Não é qualquer um que entra em nossa casa’, diz Bolsonaro sobre imigrantes

Foto: Evaristo Sa/AFP (Foto: Evaristo Sa/AFP)

Foto: Evaristo Sa/AFP

Após o Brasil se retirar do Pacto Global para a Migração, da Organização das Nações Unidas (ONU), o presidente Jair Bolsonaro adotou o discurso de soberania nacional para defender a decisão. Em uma imagem publicada no Twitter, Bolsonaro declarou que o País é soberano para aceitar ou não a entrada de migrantes e que «não é qualquer um que entra em nossa casa».

«O Brasil é soberano para decidir se aceita ou não migrantes. Quem porventura vier para cá deverá estar sujeito às nossas leis regras e costumes, bem como deverá cantar nosso hino e respeitar nossa cultura», diz a mensagem publicada pelo presidente. «Não é qualquer um que entra em nossa casa, nem será qualquer um que entrará no Brasil via pacto adotado por terceiros.»

O pacto foi assinado pelo ex-presidente Michel Temer em dezembro e aprovado por mais de 150 países. Negociado desde 2017, o documento era uma resposta internacional à crise que atinge diversos países por conta de um fluxo de migrantes e refugiados. O governo brasileiro informou nesta terça-feira (8), oficialmente à ONU que o País está se retirando do pacto.

Fonte: Diário de Pernambuco

Governo Bolsonaro confirma saída do pacto de migração da ONU

Ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, já havia afirmado que o Brasil deixaria o pacto de migração

 O governo de Jair Bolsonaro confirmou nesta terça-feira (8) a saída do Brasil do Pacto Global para Migração da Organização das Nações Unidas (ONU). O pacto de migração foi assinado por mais de 160 países e inclui diretrizes sobre a gestão de fluxos migratórios.

De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo , diplomatas brasileiros confirmaram que a ONU já foi notificada sobre a decisão. O pacto de migração havia sido firmado pelo ex-presidente Michel Temer em dezembro passado, mas a retirada já era dada como certa após a posse de Bolsonaro.

No dia em que o acordo foi assinado, o então futuro ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, afirmou que o Brasil deixaria o pacto globa l. Para o chanceler, o pacto é um instrumento «inadequado» para lidar com o problema e que a migração é bem-vinda, mas não deve ser «indiscriminada».

«Tem de haver critérios para garantir a segurança tanto dos migrantes quanto dos cidadãos no país de destino. A imigração deve estar a serviço dos interesses nacionais e da coesão de cada sociedade», escreveu.

O chanceler de Bolsonaro disse ainda que o Brasil continuará acolhendo os venezuelanos, que chegam pela fronteira em Roraima em um grande fluxo migratório, mas que é fundamental «restaurar a democracia» do país.

O «Global Compact for Migration», no entanto, não tem força de lei e não propõe medidas vinculantes para os países signatários, tratando-se mais de uma carta de intenções. Ainda assim, a retirada serve para alinhar o Brasil com outras nações governadas pela direita nacionalista, como Estados Unidos, Itália, Hungria, República Tcheca e Polônia.

O acordo é resultado da Declaração de Nova York sobre Refugiados e Migrantes, aprovada pela Assembleia-Geral da ONU em setembro de 2016 e que se compromete em desenvolver um pacto para migração segura, ordenada e dentro da lei.

O processo para o desenvolvimento do tratado começou em abril de 2017 e foi finalizado em julho de 2018. O texto lista 23 princípios, como minimizar os «fatores adversos e estruturais que obrigam as pessoas a abandonarem seu país de origem», «aumentar a disponibilidade e flexibilidade das vias de migração regular», «salvar vidas e empreender iniciativas internacionais coordenadas sobre migrantes desaparecidos» e «reforçar a resposta ao tráfico ilícito de migrantes».

Além disso, o pacto de migração defende «utilizar a detenção de migrantes apenas como último recurso e buscar outras alternativas», «proporcionar aos migrantes acesso a serviços básicos», «eliminar todas as formas de discriminação» e «colaborar para facilitar o regresso e readmissão em condições de segurança».

* Com informações da Ansa

Fonte: Último Segundo IG

Governo adotará critério ‘bastante rigoroso’ para estrangeiros entrarem no Brasil, diz Bolsonaro

O presidente eleito Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira (18) durante uma transmissão ao vivo no Facebook que o governo adotará critério «bastante rigoroso» para imigrantes entrarem no Brasil a partir de 2019.

Bolsonaro confirmou, ainda, que o país deixará o pacto mundial da Organização das Nações Unidas (ONU) para a migração, como já havia afirmado o futuro ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo.

O pacto foi assinado no último dia 10 por cerca de 160 países e pretende reforçar a cooperação internacional para uma migração «segura, ordenada e regular». O Brasil assinou o documento.

«Infelizmente, o atual ministro das Relações Exteriores [Aloysio Nunes] assinou um pacto de migração da ONU. Acho que todo mundo sabe o que está acontecendo com a França, está simplemente insuportável viver em alguns locais da França. E a tendência é aumentar a intolerância. Os que foram para lá, o povo francês acolheu da melhor maneira possível, mas vocês sabem da história dessa gente, eles têm algo dentro de si que não abandonam suas raízes e querem fazer sua cultura, seus direitos lá de trás, seus privilégios. E a França está sofrendo com isso», afirmou o presidente eleito.

«Nós não queremos isso para o Brasil. Não somos contra imigrantes, mas para entrar no Brasil tem que ter critério bastante rigoroso. Caso contrário, no que depender de mim enquanto chefe de Estado, não entrarão. E nós, via o nosso ministro que assume agora junto comigo em janeiro, vamos revogar esse pacto pela migração. Não podemos concordar com isso daí», acrescentou.

Quando Ernesto Araújo anunciou a decisão do governo Bolsonaro de sair do pacto, o atual chanceler, Aloysio Nunes, afirmou que a medida é um «retrocesso».

O italiano Cesare Battisti — Foto: Gabriela Biló/Estadão Conteúdo

O italiano Cesare Battisti — Foto: Gabriela Biló/Estadão Conteúdo

Cesare Battisti

Durante a transmissão, Bolsonaro também parabenizou o presidente Michel Temer por assinar o decreto de extradição do italiano Cesare Battisti.

Temer assinou o decreto na semana passada, um dia após o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, determinar a prisão de Battisti, atendendo a um pedido da Interpol.

Battisti está foragido, e a Polícia Federal fez duas tentativas de capturado italiano nesta segunda (17), em São Paulo. A PF esteve em endereços informados por denúncias anônimas como possíveis esconderijos e não o encontrou.

«Desde que o caso Cesare Battisti era discutido, a sua permanência no Brasil, a tua condição de asilado, eu já criticava a permanência dele aqui porque ele é um terrorista», afirmou o presidente eleito, numa transmissão ao vivo no Facebook.

«O senhor ministro Fux cassou a liminar e deu poderes ao presidente da República, o atual Michel Temer ou nós no futuro, para decidir se daríamos ou não asilo a ele. O Temer se antecipou, parabéns ao presidente Temer que, via decreto, então, decretou a extradição do Cesare Battisti», acrescentou Bolsonaro.

Além do presidente eleito, outras autoridades elogiaram a decisão de Temer, entre as quais o presidente da Itália, Sergio Matarella, e o futuro ministro da Justiça, Sérgio Moro.

Entenda o caso

A polêmica em torno de Battisti teve início durante o governo Luiz Inácio Lula da Silva.

Em 1993, Cesare Battisti foi condenado na Itália à prisão perpétua por quatro homicídios na década de 1970. Ele fugiu para o Brasil, e o governo italiano pediu a extradição.

Em 2009, o Supremo Tribunal Federal julgou o pedido procedente, mas entendeu que a palavra final cabia ao presidente da República.

Lula, então, em 2010, negou a extradição de Battisti. No ano passado, a Itália pediu ao governo Michel Temer que o Brasil revisasse a decisão.

Numa entrevista concedida à GloboNews em 2014, Battisti negou ser o responsável pelas mortes na Itália, afirmando que nunca matou ninguém.

Fonte: G1

La mitad de los inmigrantes que llegan a Europa entran por España, según la ONU

La mitad de los inmigrantes que llegan a Europa entran por España, según la ONU

La mitad de los inmigrantes que llegan a Europa entran por España, según la ONU

España se ha convertido en el principal país receptor de migración en el Mediterráneo. Casi la mitad de las personas que han llegado por mar a Europa desde el 1 de enero hasta el 12 de diciembre de 2018 lo han hecho a través de las costas mediterráneas españolas, según las últimas cifras de la Organización Internacional para las Migraciones (OIM).

Del total de 111.237 migrantesy refugiados que ingresaron en el continente europeo en ese periodo, 55.206 accedieron por España, lo que implica que la tasa de llegadas registrada por el país es superior a las mil por semana durante todo el año.

Solo este mes han accedido a España más personas por mar desde el norte de África que en cualquiera de los primeros cuatro meses de 2018 y, desde el 1 de noviembre, las llegadas de migrantes han sobrepasado las 150 por día, mientras que durante el primer tercio de 2018, el promedio de España fue de menos de 40 al día.

Pese a que el año pasado las llegadas a Europa superaron las de 2018, España registró solo 20.043 migrantes, de acurdo a datos de la OIM. Sin embargo, la organización asociada a la ONU aclara que el número de llegadas registradas en Europa hasta 2018 (111.237) es bajo en comparación con el señalado en el mismo periodo en 2017, cuando se sitúo en 166.737, y en 2016, año en el que ascendió a 358.018.

Italia versus España

En el caso de Italia ocurre a la inversa. El país transalpino fue receptor de 118.019 migrantes en 2017, pero este año la cifra ha descendido hasta los 23.122. Recién aterrizado en Moncloa tras la moción de censura contra Mariano Rajoy, Pedro Sánchez se vio sorprendido por la disyuntiva de acoger o no a los 629 migrantes que iban a bordo del buque ‘Aquarius’.

El vice primer ministro y titular de Interior italiano, Matteo Salvini, se negó al rescate, pero el Gobierno español los acogió despertando las críticas de parte de la oposición y de partidos en auge como Vox, que, entre otras medidas, propone la deportación de los inmigrantes ilegales a sus países de origen.

Dudo mucho que un migrante tenga en cuenta uuna moción de censura antes de salir de su país y de dejar a su familia, eso no forma parte de su ecuación»

¿Se ha producido realmente un ‘efecto llamada’? Oussama El Baroudi, portavoz de la Organización Internacional para las Migraciones, considera que no. Según explica a ‘Vozpópuli’, las llegadas ya habían aumentado antes del cambio de Ejecutivo. «Dudo mucho que un migrante tenga en cuenta una moción de censura antes de salir de su país y de dejar a su familia, eso no forma parte de la ecuación», considera.

Más que un ‘efecto llamada’, El Baroudi  apunta un «efecto salida»: «Es el que se produce cuando hay una guerra y no hay servicios públicos, entre otros factores». «No existe ningún factor simple o exclusivo que esté conduciendo a un aumento de llegadas a España frente a Italia. Es probablemente una combinación de varios. No tenemos suficiente información para formar un análisis o resolución responsable acerca de si los migrantes han cambiando o no su ruta desde Libia a Marruecos», reconoce.

Crecen las mafias

Las llegadas a España, asegura, ya habían empezado a aumentar en 2016. Por contra, han bajado en Libia e Italia. «Las cifras son altas con respecto al año pasado, pero son manejables a nivel global si se respeta el principio de responsabilidad compartida. 55.206 personas no es el mismo volumen que hemos visto en otros países en 2014, 2015 y 2016», advierte.

De acuerdo a los datos de la OIM, en la ruta del Mediterráneo occidental hacia España, los cruces durante los últimos años se han ido incrementando. «La ruta parece estar reactivada y el tráfico de personas intensificado, pero es interesante observar que los flujos migratorios ya estaban aumentando en dicha ruta mucho antes de la desaceleración del año pasado en el Mediterráneo central», señala el experto.

El asistente de la OIM asegura que hay un aumento de las actividades de los traficantes. «Cuando alguien no tiene vías legales para poder llegar a Europa de forma regular y se le ofrece una oportunidad, la acepta aunque venga de parte de una mafia», dice. Algunas rutas se abren cuando se cierran otras porque, según compara El Baroudi, si uno bloquea el agua de una fuente, acaba saliendo por otra parte: «Los traficantes se adaptan».

Fuente:Voz Populi

España se suma al pacto migratorio de la ONU rechazado por Gobiernos derechistas

El presidente Pedro Sánchez viaja este lunes a Marrakech para ratificar el Pacto Mundial sobre Migración, una declaración de principios inédita que suscribirán la mayoría de los miembros de Naciones Unidas para abordar los flujos migratorios de una manera conjunta, ordenada y segura. Sánchez aprovechará su segunda visita a Marruecos en menos de un mes para presentar una serie de medidas en materia migratoria. El Gobierno considera que España es “uno de los países mejor preparados para afrontar” este fenómeno gracias a la historia de España como país de llegada, de tránsito, de retorno y de origen de migrantes.

Sánchez intervendrá en el plenario de la cumbre. Será en su discurso cuando anuncie la celebración, en el primer semestre de 2019, de una Conferencia Sobre Desertificación en Almería, donde hace 25 años se celebró el primer congreso internacional sobre la cuestión. El encuentro busca abordar la relación entre cambio climático, desertificación y migraciones. El caso más preocupante es el del Sahel, una región al sur del desierto del Sáhara, castigada por la pobreza, el cambio climático y la penetración del yihadismo radical. “Es urgente hacer algo frente a la extensión del Sahel, que sigue ganando terreno en países como Senegal y empujando a la gente a la migración. Hay que estudiar cómo parar esa expansión de la desertización y cómo recuperar tierras de cultivo y dar pasos que permitan fijar las poblaciones de estas zonas”, mantienen fuentes del Gobierno.

En sintonía con uno de los 23 principios del pacto, que apuesta por la toma de decisiones conjuntas para abordar los desafíos de cada país en materia migratoria, Sánchez anunciará un aumento de la cooperación con países de origen y tránsito de las migraciones. “Se trata de poner en marcha medidas que favorezcan el desarrollo y la creación de puestos de trabajo en estos países”, mantienen desde La Moncloa. El presidente también propondrá  medidas para luchar contra las mafias que trafican con seres humanos y que se nutren de la vulnerabilidad de los migrantes e iniciativas para su inclusión en España.

Sánchez será recibido, junto al resto de delegaciones, por el rey de Marruecos, Mohamend VI y mantendrá, previsiblemente reuniones bilaterales con la expresidenta chilena Michelle Bachelet, actual alta comisionada para los Derechos Humanos de la ONU, y con el director de la Organización Internacional de las Migraciones (OIM), António Vitorino.

El Pacto Mundial para una Migración Segura, Regular y Ordenada comenzó a gestarse en 2016 tras la declaración de los 193 miembros de la ONU en la que asumían que ninguno es capaz de abordar el fenómeno migratorio en solitario. La adhesión de España al pacto ha pasado completamente desapercibida en el debate político español, pero ha causado broncas discusiones políticas en otros países. La derecha y los partidos nacionalistas, de Australia a Canadá, han usado el acuerdo como arma política dotando a un pacto que no obliga a nada de una transcendencia inesperada.

Aunque el acuerdo no es vinculante y hace especial hincapié en que sus principios no violarán la soberanía de los Estados, 11 países, entre ellos Austria, Italia, Hungría o Chile, han decidido desvincularse de un texto que ayudaron a negociar. En Bélgica, el Gobierno se ha roto después de que su primer ministro haya decidido rubricar el pacto; en Canadá, la oposición ha criticado a Justin Trudeau por apoyarlo; la líder del partido de extrema derecha Marine Le Pen ha pedido a Emmanuel Macron que renuncie a este “acto de traición”. Estados Unidos, el primero a desvincularse de la declaración, acaba de divulgar un contundente comunicado que condensa la política restrictiva antiinmigración liderada por Donald Trump en la que hasta se rechaza la sugerencia del pacto de buscar alternativas ante la detención de niños migrantes.

Fuente: El País

Vagas para refugiados em universidades brasileiras crescem 270%

Refugiada síria, Lucia Loxca recebe seu diploma em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal do Paraná. Foto: Grupo MARIOS/Divulgação.

Refugiada síria, Lucia Loxca recebe seu diploma em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal do Paraná. Foto: Grupo MARIOS/Divulgação

Um novo relatório da Cátedra Sérgio Vieira de Mello revela que o número anual de vagas para refugiados em universidades da iniciativa passou de cerca de cem, em 2017, para mais de 370 em 2018. Implementada pela Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), a cátedra reúne 21 instituições de ensino superior do Brasil.

Segundo o levantamento, 86 refugiados já ingressaram em uma faculdade da cátedra até julho de 2018. No ano passado, o número foi de 70 estrangeiros vítimas de deslocamento forçado.

Atualmente, 11 centros que participam do programa já têm políticas de ingresso facilitado para refugiados. Em 2017, eram apenas nove. Entre as medidas adotadas por esses centros de ensino, está a flexibilização das exigências de documentos, além de mecanismos para estimular a permanência e a continuidade dos estudos.

Outra boa prática observada pelo relatório é a revalidação de diplomas. No período analisado (de agosto de 2017 até julho de 2018), 14 processos foram deferidos com o apoio da ONG Compassiva. Outros 49 ainda estão em análise. Do total de solicitações de revalidação, 75% foram feitas por sírios ou palestinos, seguidos por indivíduos da República Democrática do Congo, Venezuela, Cuba e Líbano.

Além do apoio jurídico, o projeto da ONG prevê a possibilidade de auxílio financeiro para o pagamento das traduções juramentadas e das taxas de revalidação.

As universidades com maiores números de processos deferidos são a Universidade Federal Fluminense (15), a Universidade Federal do Rio de Janeiro (7), a Universidade Federal de São Carlos (2), a Universidade Federal do ABC (2), a Universidade Federal do Paraná (2) e a Universidade de Brasília (1).

O reconhecimento de conquistas acadêmicas obtidas anteriormente é importante, diz o ACNUR, pois permite aos refugiados enriquecer o ambiente de trabalho do Brasil e dinamizar a economia local.

A cátedra também incentiva que todas as instituições de ensino superior incorporem em suas grades curriculares disciplinas sobre refúgio. Ao longo de 2018, 18 instituições do ensino superior disponibilizaram matérias relacionadas à temática — 16 em programas de graduação e 17 em programas de mestrado e/ou doutorado.

Mais de 1,2 mil alunos cursaram essas disciplinas em 2018, com destaque para os cursos de Relações Internacionais, Direito, Psicologia, Serviço Social, Ciências Sociais, Ciência Política, Geografia, Letras, Arquitetura, Engenharia e Medicina.

A inclusão de refugiados no ensino superior permanece um desafio em todo o planeta. Apenas 1% dos jovens em situação de refúgio conseguem entrar na faculdade. Entre a população não refugiada, a média mundial é de 37%.

Nesta semana, o ACNUR e a Federal do Paraná (UFPR) promovem em Curitiba a III Conferência Latino-Americana e o IX Seminário Nacional da Cátedra Sergio Vieira de Mello.

Acesse o relatório na íntegra clicando aqui.

Sobre a Cátedra Sérgio Vieira de Mello

Desde 2003, o ACNUR implementa a Cátedra Sérgio Vieira de Mello (CSVM) em cooperação com centros universitários nacionais e com o Comitê Nacional para Refugiados (CONARE). Neste acordo de cooperação com as universidades interessadas, o organismo da ONU estabelece objetivos, responsabilidades e critérios para a adesão à iniciativa dentro das três linhas de ação: educação, pesquisa e extensão.

Além de difundir o ensino universitário sobre temas relacionados ao refúgio, a Cátedra também visa promover a formação acadêmica e a capacitação de professores e estudantes nesse campo. O trabalho direto com os refugiados em projetos de extensão também é uma das prioridades do projeto.

Fonte: ONU Brasil

Noticias (España 27/09/2018)

Europa Press:

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Grupo de 30 venezuelanos segue hoje de Roraima para Pernambuco

Para esta semana, estão programadas ainda transferências de venezuelanos para Manaus (AM), Conde (PB), Brasília (DF) e Rio de Janeiro (RJ). Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

Para esta semana, estão programadas ainda transferências de venezuelanos para Manaus (AM), Conde (PB), Brasília (DF) e Rio de Janeiro (RJ). Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

Em mais uma etapa do processo de interiorização de imigrantes no país, 30 venezuelanos partiram de Boa Vista (RR), na manhã de hoje (18), com destino a Pernambuco. O grupo é transportado num avião da Força Aérea Brasileira (FAB). Os venezuelanos deverão ser acomodados em um abrigo no município pernambucano de Igarassu, que, segundo o governo federal, já recebeu 69 pessoas em situação semelhante. A cidade tem cerca de 100 mil habitantes.

Segundo informações da Casa Civil da Presidência da República, que coordena o processo de interiorização de imigrantes, o total de venezuelanos enviados a outros estados nos moldes da interiorização já passa de 19 mil. O processo, que implica a manifestação voluntária do imigrante em ser transferido, conta com o apoio de diversos organismos da Organização das Nações Unidas (ONU), como a Agência da ONU para Refugiados (Acnur), a Agência da ONU para as Migrações (OIM), o Fundo de População das Nações Unidas (Unfpa) e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), que visam a garantir a efetividade do acolhimento, inclusive acompanhando questões como a qualidade do atendimento de saúde aos imigrantes e a matrícula de crianças em escolas.

Para esta semana, estão programadas ainda transferências de venezuelanos para Manaus (AM), Conde (PB), Brasília (DF) e Rio de Janeiro (RJ). Os voos, que partem de Roraima, estão agendados para amanhã (19), quinta-feira (20) e sexta-feira (21). Na última quinta-feira (13), mais de 190 venezuelanos foram enviados para as cidades gaúchas de Canoas e Esteio.

Todos os participantes do programa são vacinados, submetidos a exames de saúde e regularizados no Brasil, tendo direito a uma via do Cadastro de Pessoa Física (CPF) e da carteira de trabalho. Ao aderir, o imigrante tem também a possibilidade de formalizar sua solicitação por refúgio, a fim de assegurar a proteção do governo brasileiro.

Fonte: Diario de Pernambuco

 

Refugiados aperfeiçoam currículo em oficinas da Google e ONU

Funcionários do Google se voluntariam para compartilhar conhecimentos e contribuir para que refugiados aperfeiçoem seus currículos, na sede da empresa em São Paulo. Foto: ACNUR/Miguel Pachioni

Funcionários do Google se voluntariam para compartilhar conhecimentos e contribuir para que refugiados aperfeiçoem seus currículos, na sede da empresa em São Paulo. Foto: ACNUR/Miguel Pachioni

Em parceria com a Google, a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) promoveu em São Paulo três oficinas para orientar mais de 30 refugiados na preparação dos seus currículos. Realizadas na semana passada, atividades buscaram aperfeiçoar o modo como os estrangeiros apresentam suas experiências profissionais, talentos e conhecimentos em diferentes idiomas. Objetivo da iniciativa é ampliar a inserção dessa população no mercado brasileiro.

Os participantes tiveram a oportunidade de conversar com funcionários da Google sobre carreira e preparação para entrevistas de emprego. Os treinamentos foram realizados na sede da gigante da tecnologia, na capital paulista, e também na Missão Paz, com o apoio do Programa de Apoio para a Recolocação de Refugiados (PARR). Ambas as organizações são parceiras do ACNUR e atuam no cadastramento e encaminhamento de pessoas refugiadas para oportunidades de trabalho.

A colombiana Indira Tatiana, de 25 anos, chegou sozinha ao Brasil, onde vive há dois anos. Aqui, fez curso de português, trabalhou em restaurantes e hoje está à procura de uma nova oportunidade de trabalho.

“A experiência desta oficina foi muito boa, os funcionários da Google responderam nossas dúvidas e me ajudaram a entender como fazer um currículo”, disse Indira. Para quem está buscando novas oportunidades, as dicas e vivências compartilhadas pela equipe da empresa foram essenciais. Além do emprego, a colombiana sonha também em trazer sua filha de cinco anos para o Brasil.

Todo ano, a Google promove uma semana de voluntariado para que seus funcionários tenham contato com temas sociais por meio de instituições que atuam no Brasil. A temática do refúgio foi abordada pela primeira vez pela companhia e cerca de dez funcionários de diversos setores participaram das três sessões.

A haitiana Berline está no Brasil há sete meses e participou do workshop na Missão Paz. No encontro, ela redigiu pela primeira vez um currículo. “O que eu aprendi hoje vai me ajudar muito porque agora eu tenho um currículo pronto e vou ter confiança em entrevistas de trabalho”, conta.

De acordo com Maya Tanizaki, funcionária da Google e organizadora da ação, as oficinas ultrapassaram as expectativas de todos. Tanto os profissionais da empresa, quanto os refugiados puderam adquirir novos conhecimentos sobre outras culturas. “Os refugiados estavam engajados e fizeram muitas perguntas. Pude perceber que eles estavam animados e felizes em estar com a gente.”

O ACNUR trabalha com a questão da empregabilidade de pessoas refugiadas, articulando uma rede de organizações parceiras para promover, junto ao setor privado, capacitações sobre as competências e potencialidades de quem busca um novo começo no Brasil.

Fonte ONU Brasil

Noticias (España 12/06/2018)

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